Cresceu na segunda parte numa noite para esquecer (ou lembrar…) da Seleção Nacional; Dalot dos primeiros 45’ merecia mais; Diogo Costa sofreu dois golos mas evitou outro cantado
A figura – Vitinha (6)
Encostou à esquerda quando João Cancelo apareceu em zona interior e isso foi mesmo uma constante durante toda a primeira parte, curiosamente o pior momento do médio do Paris Saint-Germain. Cresceu na segunda metade, a partir do miolo, tentando mais vezes levar a equipa em progressão e qualidade. Essa, porém, nunca foi muita… Pelos segundos 45’ e por ter feito o primeiro remate à baliza com possibilidade de golo (a bola ao poste de Félix não obrigou Oblak a defesa…) aos 79’ (!), foi o menos mau de uma noite para esquecer (ou lembrar…).
Diogo Costa (6) — Saída em falso aos 20’, mas Sporar não conseguiu acertar na baliza. Esperava não ter grande trabalho, não contava era com aquela segunda parte… Antes, segurou, aos 37’, um balão que poderia ter sido traiçoeiro e ainda nos primeiros 45’ saiu apressado da área para pontapear bola a que Sporar chegaria para se isolar. Resolveu, aos 52’, o problema que António Silva arranjou ao perder a bola no meio-campo: Sesko rematou, mas o guarda-redes português defendeu.
Pepe (5) — À direita do trio com a equipa em momento ofensivo, acompanhando Gonçalo Inácio em dupla no momento defensivo. Saiu ao intervalo sem comprometer.
Danilo Pereira (5) — Quando a Seleção atacava, era o homem do meio do trio da defesa; quando defendia, ficava à frente de Pepe e Inácio, sempre com uma das referências ofensivas da Eslovénia à trela. Aos 76’ subiu no terreno, tentou a sorte mas atirou por cima.
Gonçalo Inácio (5) — Como no Sporting: foi o mais à esquerda dos centrais, em trio ou em dupla. Menos que no Sporting: os lançamentos que tentou para dar profundidade ao jogo. Não sai isento no lance do 0-2, por falta de agressividade.
Diogo Dalot (6) — Projetado na ala direita, aos 10’ já tinha sido solicitado por duas vezes a sprints para agarrar a bola em profundidade e depois procurar o avançado na área. Aos 22’ teve de meter prego a fundo para evitar que um esloveno se isolasse, pronto-socorro que chegou a tempo. Aos 27’ descobriu Vitinha na área, mas o médio perdeu-se numa finta e não conseguiu finalizar. Teve nos pés o golo, mas atirou-o por cima (69’), numa 2.ª parte em que caiu de produção.
Otávio (4) — Nunca conseguiu entrar no jogo, nem lhe dar velocidade nem pegar nele pelo miolo. Saiu ao intervalo.
Rúben Neves (4) — Sofreu do mesmo mal de Otávio, esteve melhor no lance em que colocou a bola, direitinha, na cabeça de Félix, que atirou ao poste (75’).
João Cancelo (5) — Pela esquerda começou a procurar também terrenos mais interiores, de onde vislumbrava alguém para colocar a bola — às vezes até Dalot, no outro flanco. E ao outra flanco do campo foi ele mesmo, cruzando o relvado para criar desequilíbrios, surpresa para tentar confundir o adversário — como aos 32’, pena Félix não ter dado sequência. Nos segundos 45’… desapareceu.
João Félix (5) — Na construção, muitas vezes recuava para com João Cancelo, o tal que procurou terrenos mais interiores, formar dupla a ajudar a levar o jogo para o ataque. Mas nunca com sucesso. Por cima atirou aos 32’, concluindo mal a tal excelente combinação entre Dalot e Cancelo, tudo pela direita — era o 1.º remate de Portugal. Só aos 60’ deu ar da sua graça, ganhou a bola e concluiu jogada com remate forte mas ao lado. Ao poste atirou aos 75’ e aos 88’ por cima.
Cristiano Ronaldo (5) — Aos 17’ subiu mais alto do que toda a gente, só ele consegue ir àquela andar, mas não no ataque, antes na defesa a afastar o perigo, de cabeça, quando a Eslovénia tentava importunar na sequência de um livre. Sem oportunidades para brilhar nos primeiros 45’, foi só aos 87’ que obrigou Oblak a defender-lhe livre direto.
António Silva (4) — Arranjou o cabo dos trabalhos aos 52’ ao perder a bola onde não podia, valeu-lhe a ele, e sobretudo a Portugal, a defesa de Diogo Costa. Comprometeu no lance do primeiro golo, ao falhar interceção.
Francisco Conceição (5) — Parecia levar a garra e a velocidade que faltaram a Portugal na primeira parte, mas nunca foi garra intensa nem velocidade furiosa. Aos 71’ foi obrigado a descer até à área portuguesa, assumiu o risco e cortou a bola no momento exato.
João Neves (-) — Entrou aos 89 minutos, sem tempo para mostrar o que quer que fosse.
Jota Silva (-) — Como João Neves entrou aos 89’, serviu para dizer que já tem duas internacionalizações.