Design Thinking: o que é e como aplicar – Endeavor Brasil

A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.
Imagine uma abordagem que permita olhar para a ponta antes de inovar. Ela existe e tem nome: conheça o Design Thinking.
Todo trabalho de design exige reflexão e a livre expressão do pensamento. De acordo com esse raciocínio, não seria uma certa redundância nomear uma abordagem da área de criação de Design “Thinking”?
Não, não seria.
E nas linhas abaixo você irá descobrir o por que e, mais além, a razão pela qual essa expressão ganhou tanta popularidade, não somente na área de Desenvolvimento de Produtos, mas em diversas áreas empresariais de todos os segmentos.
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Raul Seixas dizia que a desobediência é uma virtude necessária à criatividade. E faz todo o sentido. A liberdade subversiva de apontar para o desconhecido, de trilhar um caminho nunca antes desbravado, de buscar materializar o que ninguém jamais deu vida, essa inquietude de alma e coração típica das mentes inventivas é condição para aflorar a capacidade criativa do ser humano na solução de problemas. É assim que o Design Thinking mudará por completo sua maneira de encontrar os caminhos corretos em sua trajetória de sucesso.
No entanto, um dos grandes desafios enfrentados pelos profissionais em suas carreiras, nos dias de hoje, é suportar pressão por resultados cada vez mais imediatos (e dotados de nível máximo de eficiência), exigências que fazem com que se opte sempre pelo caminho mais seguro e de menos riscos. Essa é a velha história de ganhar o jogo por 1 X 0, ao invés de se arriscar a jogar bonito e acabar derrotado. 
O conceito veio para revolucionar a maneira de encontrar soluções inovadoras para os problemas, soluções criativas focadas nas necessidades reais do mercado e não em pressuposições estatísticas.
A primeira informação que deve ficar clara é que não é uma metodologia, mas uma abordagem. Isso porque, quando pensamos em método, criamos a expectativa de ter às mãos uma fórmula matemática que se aplique indistintamente em qualquer situação. Não é o caso.
É uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa, em uma perspectiva de empatia máxima com seus stakeholders (interessados). Em síntese, as pessoas são colocadas no centro de desenvolvimento do produto – não somente o consumidor final, mas todos os envolvidos na ideia (trabalhos em equipes multidisciplinares são comuns nesse conceito).
O processo consiste em tentar mapear e mesclar a experiência cultural, a visão de mundo e os processos inseridos na vida dos indivíduos, no intuito de obter uma visão mais completa na solução de problemas e, dessa forma, melhor identificar as barreiras e gerar alternativas viáveis para transpô-las. Não parte de premissas matemáticas, parte do levantamento das reais necessidades de seu consumidor; é uma abordagem preponderantemente “humana”, usada em qualquer área de negócio.
A razão de sua existência é a satisfação do cliente (interno ou externo). Nesse sentido, essa dádiva só pode ser alcançada quando conhecemos em profundidade suas necessidades, desejos e percepções de mundo.
Assim, as etapas do Design Thinking podem, em geral, ser resumidas pelos seguintes passos:
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Ou se conhece a si, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Mas, se não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”. Este é um trecho de “A Arte da Guerra”, do filósofo chinês Sun Tzu, e que diz muito sobre o ponto que estamos abordando.
Dessa forma, descobrir onde encontrar caminhos para inovar envolve conhecer a si mesmo e ao ambiente externo. Conhecer seus pontos fortes, as fragilidades da concorrência, as condições macroeconômicas, etc. E, além disso, análise SWOTbenchmarking, pesquisas de mercado e reuniões multidisciplinares te conduzirão às respostas para esse ponto.
Consequência direta do ponto anterior, aqui, pesquisas qualitativas e trabalho com soluções de Big Social Data podem indicar, muito além do setor, qual é, de fato, a oportunidade que o mercado desenha ao seu negócio.
O Design Thinking começa a tomar corpo nessa etapa. Aqui, iremos desenvolver o produto ou serviço partindo, não de pressuposições ou análises estatísticas frias (algo comum no mercado), mas a partir das necessidades e percepção de valor do cliente. Nesta etapa, poderemos lançar mão do Processo Heurístico para descobrir o diagnóstico e o Processo Criativo para gerar as possibilidades de produtos.
Um MVP – Minimum Viable Product é uma bela dica do que se pode fazer nesse item. MVP (muito usado em startups) é a versão mais simples de um produto, que pode ser lançada em período de testes, para verificar, nesse meio tempo, se sua ideia realmente atinge as necessidades do seu consumidor final.
Após testes com respostas positivas acerca de seu produto, ele já está pronto para ser lançado “aos leões”. É importante entender que o processo de desenvolvimento do produto é contínuo e incremental, ou seja, sua ideia irá ser melhorada permanente através um processo de copartipação entre todos os seus stakeholders (clientes, fornecedores, colaboradores internos, etc.).
O design, em suas concepções primárias, era focado muito mais na arte do que na razão pela qual esta havia sido criada. Porém, ocorre que, muitas vezes, o desenho não solucionava o problema do produto. Pior do que isso, às vezes, nem o produto solucionava o problema do cliente.
O Design Thinking, dessa forma, entra nesse vácuo de eficiência para enxergar novos caminhos através da perspectiva do consumidor final.
Contudo, confira alguns exemplos práticos de como usar essa perspectiva nas diversas áreas e tarefas de sua empresa:
Não! Cada vez mais, por exemplo, observamos pequenas e médias empresas utilizando essa perspectiva colaborativa, prática e multidisciplinar na transposição dos desafios de seu negócio.
Esta é uma ferramenta de inovação na solução de problemas. Conforme observamos, é uma poderosa estratégia de gestão criada a partir das salas de reuniões de agências de publicidade no intuito de promover uma experiência mais completa para as pessoas, seja de ordem emocional, estética ou cognitiva. Assim, sua perspectiva pragmática e humana tira o processo criativo da esfera puramente artística e o leva para um cenário funcional, o que torna possível aplicá-lo em diversas áreas corporativas com resultados muito mais sólidos e assertivos.
Afinal, o objetivo máximo de uma empresa é alcançar o coração do cliente da forma mais profunda possível. Assim como dizia um tal de Steve Jobs, “design is not just what it looks like and feels like. Design is how it works!”.
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