As vendas de bens e serviços online representaram 19,0% da faturação das empresas em 2022, mais 1,8 pontos percentuais que em 2021, atingindo os 68.000 milhões de euros, mais 36,3%, divulgou esta terça-feira o INE.
Segundo o ‘Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas’, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “comparativamente à União Europeia (UE-27), Portugal registou proporções inferiores neste indicador em 2020 e 2021, e superior em 2018, registando a mesma proporção em 2019”.
Segundo o INE, no ano passado 18,0% das empresas efetuaram vendas de bens e/ou serviços através do comércio eletrónico, menos 1,6 pontos percentuais do que em 2021.
Por setor de atividade, destacaram-se o ‘comércio’, com 31,7% das empresas a efetuarem vendas ‘online’ (-0,6 pontos percentuais face a 2021), seguindo-se o ‘alojamento e restauração’ com 28,2% (-10,9 pontos percentuais) e a ‘informação e comunicação’ com 20,5% (+2,9 pontos percentuais).
O ‘alojamento e restauração’ registou o maior decréscimo face a 2021, enquanto o maior aumento aconteceu nos ‘outros serviços’ (+3,4 pontos percentuais).
Já com dados relativos a 2023, o inquérito do INE aponta ainda que, neste ano, 96,9% das empresas e 48,9% das pessoas ao serviço referiram ter acesso à Internet para fins profissionais, -0,1 pontos percentuais e +0,8 pontos percentuais, respetivamente, que em 2022.
No mesmo ano, 62,4% das empresas indicam possuir um ‘website’ próprio ou do grupo económico a que pertencem (-0,6 pontos percentuais que em 2021), sendo que a maioria destas empresas disponibiliza a descrição dos bens ou serviços e/ou listas de preços (79,1%).
Em 2023, 61,1% das empresas utilizam meios digitais de comunicação (‘social media’) e a quase totalidade destas empresas utiliza as redes sociais (99,1%).
No ano em curso, 28,2% das empresas o pessoal ao serviço executa análise de dados (‘data analytics’) e em 14,3% a análise de dados é executada por empresa ou organização externa.
No que respeita ao comércio de dados, em 2022, 1,1% das empresas vendeu (inclui o acesso a) alguns dos seus dados e 2,3% adquiriu (inclui o acesso a) alguns dados.
Em 2023, 37,5% das empresas compram serviços de computação em nuvem (‘cloud computing’) (+4,1 pontos percentuais face a 2021), destacando-se a compra do serviço de correio eletrónico e armazenamento de ficheiros (91,1% e 73,7%, respetivamente).
No mesmo ano, 7,9% das empresas utiliza tecnologias de Inteligência Artificial (IA), mais 0,7 pontos percentuais que em 2021, sendo as mais utilizadas “as que identificam objetos ou pessoas através de imagens e que automatizam diferentes fluxos de trabalho ou auxiliam na tomada de decisão”.