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Panorama digital em Portugal: Análise de compras online e tendências em 2023 – Distribuição Hoje

Em 2023, 44% da população residente em Portugal, entre os 16 e os 74 anos, fez compras através da internet, tendo-se registado um aumento de 1,3 pontos percentuais face ao ano anterior, revela a Anacom.
Considerando os 12 meses anteriores à realização do inquérito, a autoridade nacional de comunicações verificou que 54,8% da população efetuou pelo menos uma transação deste tipo nesse período – +1,2 pontos percentuais (p.p.) que no ano anterior, o crescimento anual mais baixo desde 2016. O maior crescimento anual registou-se em 2020 (+5,8 p.p.) e em 2021 (7,1 p.p.), anos marcados pela alteração de comportamentos dos consumidores resultante da pandemia. Ainda assim, “cerca de 25,7% dos residentes em Portugal, entre os 16 e os 74 anos, nunca efetuaram compras pela Internet”, revela a análise.
Portugal situa-se assim na 24.ª posição do ranking da União Europeia (UE27) no que diz respeito à percentagem da população que realizou compras online nos últimos três meses e na 23ª posição em vendas online, de acordo com a Anacom.
O vestuário/calçado (67,6% da população que efetuou compras online) e as refeições entregues ao domicílio (38,9%) assumem-se como os bens mais encomendados pela Internet, seguindo-se os produtos de cosmética, beleza e bem-estar (29,7%) e os computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios (26,2%). Os livros, revistas ou jornais (em papel) foram o tipo de produtos que mais desceram face ao ano anterior (-3,8 p.p.).
Entre os produtos digitais, destacaram-se os filmes, séries ou programas de desporto para download ou subscrição online como os mais comprados pela Internet (37,6%).
Quanto aos serviços contratados pela Internet, o destaque foi para os bilhetes para eventos culturais ou outros, como cinema, concertos, feiras, serviços de transporte (37,9% cada), e os serviços de alojamento (36,2%).
A população caracterizada por níveis de escolaridade mais elevados, com maiores rendimentos, empregados ou estudantes foram os que apresentaram maiores percentagens de realização de compras e vendas através da Internet, tendo a Área Metropolitana de Lisboa assumido o lugar de liderança neste circuito (51,1%).
Empresas portuguesas enfrentam desafios nas vendas online
Na perspetiva das empresas portuguesas, durante 2022, cerca de 17% com dez ou mais pessoas ao serviço receberam encomendas através de redes eletrónicas (-1,4 p.p. que no ano anterior), indica a análise da Anacom. Estas encomendas representaram 19,0% do volume de negócios (+1,8 p.p. que no ano anterior).
Ainda assim, o inquérito revela que “mais de metade das empresas que efetuaram vendas a clientes de outros países da UE manifestaram alguma dificuldade no processo (56,2%, +27,9 p.p. que o registado no inquérito anterior), sendo que os principais problemas referidos foram os custos elevados de entrega e devolução de produtos (32,9%) e as dificuldades relacionadas com o sistema de IVA nos países da UE (24,3%), segundo os dados mais recentes disponíveis de 2022”.
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