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'O maior elogio é ver gente nos copiando', diz Brendan 'PlayerUnknown' Greene, criador de Battlegrounds – IGN BRAZIL

Há pouco mais de seis anos, Brendan Greene chegou ao Brasil para viver uma história de amor. O relacionamento durou dois anos e acabou em divórcio, deixando o irlandês de trinta e poucos anos sem muitas perspectivas e com bastante tempo livre. Jogar videogame se tornou um passatempo natural para aplacar o tédio, e foi quando Greene percebeu que os jogos que faziam sucesso no mainstream não exatamente atendiam suas necessidades pessoais.
“Eu era só um ‘gringo’ trabalhando em Varginha”, Greene, hoje mais conhecido como “PlayerUnknown”, conta sobre o período em que viveu na cidade mineira. Sem experiência prévia com design de jogos, ele se utilizou de conhecimentos de web design para elaborar mods para os games online de tiro que gostava de jogar, como ArmA e H1Z1. As ideias evoluíram até se tornarem o mod “Battle Royale” — que pode ser bem resumido como um mata-mata para múltiplos jogadores em que o único vencedor é aquele que sobrevive sozinho no final.

Este foi o embrião para o que se tornaria PlayerUnknown’s Battlegrounds, ou PUBG para os íntimos, um dos games mais jogados da atualidade no PC, com 15 milhões de unidades vendidas e que será lançado ainda em 2017 para o Xbox One. Faz pouco mais de seis meses que tudo começou a acontecer para Greene, que até hoje não acredita na própria sorte.
“Nem nos meus sonhos!”, ele falou ao IGN Brasil, quando questionado se previa que um dia criaria o game mais hypado do mundo. “Tudo tem sido muito surreal. Passamos de 15 milhões de cópias vendidas e batemos dois milhões de jogadores simultâneos ontem. Eu honestamente não sei onde estamos indo. Nós nunca esperamos esse nível de sucesso. A grande coisa é que nós não estamos deixando isso subir para a cabeça.”

Em entrevista ao IGN Brasil (veja acima ou no alto da página) durante a BGS 2017, Greene também falou sobre o sucesso do gênero Battle Royale, que já começa a gerar concorrentes de peso (Fortnite é apenas um deles). “Eu gosto de pensar que o maior elogio é ver gente nos copiando”, ele diz. “Tudo que eu quero de quem cria o próprio Battle Royale é que deem um toque próprio no negócio, não tente nos copiar completamente.”
Acompanhe a cobertura completa do IGN Brasil na BGS 2017 em nossa página especial #IGNnaBGS.

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