Melanie Perkins, fundadora do Canva (Foto: Divulgação)
Para quem não é designer profissional, pode ser difícil editar fotos, criar logotipos e até apresentações de slides. Pensando em criar uma plataforma que pudesse auxiliar essas pessoas e oferecer serviços pela internet, a australiana Melanie Perkins, 30 anos, criou o Canva em 2013. Hoje a ferramenta possui 10 milhões de usuários espalhados em 180 países
A trajetória de Melanie com o Canva começou quando ela estudava Comunicação na University of Western Australia (Universidade da Austrália Ocidental) e ensinava para seus colegas como usar programas como InDesign e Photoshop. Como todos tinham muita dificuldade com esse tipo de ferramenta, ela pensou em criar algo para ajudá-los. “Pensei numa ferramenta online, colaborativo e simples que resolvesse os problemas de quem não entende do assunto”, diz Melanie.
Seu amigo de faculdade, Cliff Obrecht, embarcou na ideia e, com alguns empréstimos, fundaram a Fusion Books. A empresa é uma editora de anuários escolares online que permite que alunos e professores criem seus próprios anuários com ferramentas design.
“Criei a Fusion Books quando tinha 19 anos e ela funciona até hoje. Somos a maior editora de anuários da Austrália”, afirma Melanie.
Depois de alguns meses de atuação, perceberam que a ideia desenvolvida podia ir muito além dos anuários. Em 2012, a dupla se juntou a Cameron Adams, sócio especialista em tecnologia, e, juntos, procuraram aportes para lançar o que sempre quiseram: uma ferramenta que oferecesse diversos serviços de design pela internet para quem não fosse expert no assunto. Em março de 2013, o Canva conseguiu arrecadar US$ 3,6 milhões de investidores australianos e americanos e, em agosto, já estava no ar.
No Canva, o usuário consegue criar diversos tipos de produtos usando os layouts e designs da plataforma. É possível desenvolver apresentações, imagens para redes sociais, banners, logotipos e diversos outros itens isso com a opção de usar fontes, imagens e ícones disponíveis na própria ferramenta.
Há como o usuário desfrutar da plataforma de maneira gratuita, mas existem alguns itens “bloqueados”. Se o usuário escolher usar uma das fotos pagas, por exemplo, precisa desembolsar US$ 1 por item. A receita do Canva vem daqueles que adquirem a versão premium chamada “Canva for Work” por US$ 10 ao mês. Nesse caso, é possível usar todos os itens da ferramenta e ter acesso à funções mais sofisticadas também.
Em 2015, começaram o processo de internacionalização da marca fazendo o processo de tradução da plataforma para mais de 20 línguas. Até o final do ano, pretendem estar em mais de 50 línguas já que, segundo Melanie, 42% dos usuários não são falantes nativos de inglês.
A expectativa dos sócios para o crescimento do Canva não tem limites. “Temos 200 funcionários, 10 milhões de usuários e, por dia, mais 50 mil pessoas se cadastram em nossa plataforma. Estamos com um grande negócio, mas isso é só 1% do que acreditamos ser possível. Ainda temos mais de 3 bilhões de usuários de internet para alcançar. Vamos continuar trabalhando para chegar lá”, conclui a empreendedora.