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Documentação do poeta foi tratada, digitalizada, e pode ser consultada a partir de dia 19 de janeiro, a sua data de nascimento. Casa onde viveu no Porto também está a ser alvo de intervenção.
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▲Ação decorre no âmbito das comemorações do centenário de Eugénio de Andrade
▲Ação decorre no âmbito das comemorações do centenário de Eugénio de Andrade
Os municípios do Fundão e do Porto juntaram os espólios do poeta Eugénio de Andrade, que foi tratado e será disponibilizado numa plataforma digital a partir de 19 de janeiro, dia do nascimento do escritor.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelos dois autarcas, no Fundão, concelho onde Eugénio de Andrade nasceu, e onde foi assinado o Contrato Interadministrativo de Cooperação entre os dois municípios para o desenvolvimento de ações no âmbito do centenário do poeta e para a criação da Biblioteca Digital Eugénio de Andrade.
Vamos ter um site em que a documentação foi tratada, digitalizada, alguma comunicação, de partes mais pessoais da vida do Eugénio, naturalmente, será preservada, e nós teremos um site disponível para todas as pessoas que a queiram consultar a partir de 19 de janeiro, que é quando se completa o ciclo do centenário”, sublinhou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Segundo Rui Moreira, a casa onde o poeta viveu na cidade do Porto está a ser alvo de uma intervenção e o espaço entrará em funcionamento até junho do próximo ano.
“A casa dele, neste momento, está a ser reabilitada e vamos ter aquele auditório a funcionar provavelmente antes de junho“, revelou o autarca portuense.
Para o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, o protocolo é a formalização de uma cooperação que já se verificava, trata-se de “uma dinâmica conjunta que se foi estabelecendo e que vai ser reforçada” e pretende “democratizar o campo de conhecimento em torno de Eugénio de Andrade”.
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O edil acrescentou que o trabalho conjunto dos dois municípios, unindo material “muito complementar”, tem o objetivo de “defender e valorizar” o espólio do poeta, através desta “ponte permanente” entre o Fundão e o Porto, locais onde o poeta nasceu e onde viveu.
“O que queremos é que a escala do conhecimento e da fruição do Eugénio de Andrade seja aquela que ele merece, que é uma escala até mais universalista. Desse ponto de vista, essa é a grande questão que nos une: valorizar este património de personalidade, esta vida e obra extraordinárias de Eugénio de Andrade”, salientou Paulo Fernandes.
Na opinião do autarca, “a digitalização e concentração de espólio, a democratização através dos meios digitais é das maiores homenagens” que as duas câmaras municipais podiam fazer ao poeta nascido em Póvoa de Atalaia, “pensando no Eugénio de Andrade para o futuro”.
Rui Moreira frisou ser um protocolo que tem a ver “com um património comum” e “era o momento de amadurecer este projeto”.
Após a assinatura do documento, no Salão Nobre da Câmara do Fundão, foram visitados, entre outros espaços, a Biblioteca Municipal com o nome do poeta, onde está patente a exposição “A arte dos versos no Fundão”, inicialmente apresentada no Porto, que integra material de Eugénio de Andrade dos dois municípios, de objetos pessoais aos relacionados com a sua obra.
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