Estratégia Nacional de Combate à Pobreza: Governo apresenta mais de 270 medidas – República Portuguesa

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Conheça as medidas que já estão em curso e o conjunto de ações inovadoras a implementar, para diminuir a taxa de risco de pobreza

São mais de 270 medidas para fazer baixar a taxa de risco de pobreza para os 10% em 2030. É uma meta ambiciosa, mas o trabalho desenvolvido nos últimos anos no combate à pobreza tem tido resultados notórios: entre 2015 e 2022, 659 mil pessoas saíram da situação de pobreza ou exclusão social. No ano passado, Portugal registou a maior descida no risco de pobreza ou exclusão social de toda a União Europeia, para 20,1%.

A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza (ENCP) terá dois planos de ação com dois horizontes temporais diferentes para as concretizar (2022-2025 e 2026-2030).
Neste primeiro Plano de Ação, aprovado em Conselho de Ministros no dia 12 de outubro, estão mais de 270 medidas, organizadas por seis eixos estratégicos: reduzir a pobreza nas crianças e jovens e nas suas famílias; promover a integração plena dos jovens adultos na sociedade e a redução sistémica do seu risco de pobreza; potenciar o emprego e a qualificação como fatores de eliminação da pobreza; reforçar as políticas públicas de inclusão social e promover e melhorar a integração societal e a proteção social de pessoas e grupos mais desfavorecidos; assegurar a coesão territorial e o desenvolvimento local e, por último, fazer do combate à pobreza um desígnio nacional. Resultam de um processo participado das várias áreas governativas e entidades públicas.
Conheça o conjunto de ações inovadoras a implementar até 2025 e as medidas que já estão em curso.
Conjunto de ações a implementar até 2025:

Consulte aqui o documento para conhecer mais medidas do Plano de Ação, organizadas por públicos. 



Medidas que já se encontram em curso, organizadas pelos públicos a que se destinam:
O programa Creche Feliz que em 2023 já garante a gratuitidade das creches a 85 mil crianças; o programa da Garantia para a Infância que chega a 150 mil crianças; o reforço das políticas de Ação Social Escolar (ASE); a promoção do acolhimento familiar de Crianças e Jovens em risco; o aumento estrutural do valor do abono de família; o alargamento dos projetos no âmbito dos Clubes de Ciência Viva na Escola, priorizando escolas de contextos desfavorecidos.
O reforço da oferta do alojamento estudantil a preços regulados com a concretização do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES); a criação de um contingente prioritário para estudantes beneficiários de escalão A de ação social no acesso a cursos de formação inicial no ensino superior; a abertura do Programa Avançar com incentivo à contratação sem termo de jovens qualificados com salário de pelo menos 1.330€ e atribuição de bolsa mensal de 150€ diretamente aos jovens, durante o 1.º ano de contrato; a atribuição de bolsas de estágios IEFP para licenciados, aumentadas para 1.020€ em 2024; o reforço da proteção dos direitos dos jovens trabalhadores-estudantes, que passaram a poder acumular o abono de família, as bolsas de estudo e as pensões de sobrevivência com o salário até 14 x SMN; o reforço do IRS Jovem, estando proposto no OE2024 que passe a 100% de isenção no primeiro ano, 75% no segundo, 50% no terceiro e quarto e 25% no quinto ano; o aumento dos tetos de rendas elegíveis para apoio pelo Porta65 Jovem, duplicando assim o número de agregados apoiados.
O alargamento da rede de equipamentos e respostas inovadoras, a requalificação e aposta nos serviços domiciliários integrados; a implementação do Balcão SNS24 em respostas sociais e unidades de internamento geridas pelas entidades do setor social e solidário; a comparticipação dos medicamentos no ato da compra na farmácia para os beneficiários de Complemento Solidário para Idosos; a atualização das pensões e o aumento do Complemento Solidário para idosos (aumentou 50€/mês no valor de referência em 2023 e em 2024 será aumentado em 62,45€, antecipando-se para 2024 a convergência com o limiar de pobreza que estava prevista para 2026).
Mais de 70 medidas que fazem parte da Agenda do Trabalho Digno para combate à precariedade; a valorização dos salários, o aumento do salário mínimo nacional, estando já previsto um aumento para 820 euros em 2024; o apoio à renovação de competências no mercado de trabalho, com enfoque no setor digital através do Programa Jovem + Digital, e do Programa Upskill, orientado para pessoas desempregados ou em subemprego.


Notícia atualizada às 18.00, do dia 17 de outubro, para precisar que a meta para 2030 da ENCP se refere à taxa de risco de pobreza.

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