Já está disponível para consulta pública o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) relativo ao grande projecto da Linha Rubi, que irá ligar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia. A consulta ficará aberta até ao próximo dia 17 de Novembro. A linha que vem fechar o anel Sul da rede do Metro, conectando as linhas Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja à Linha Amarela, em Santo Ovídio, ponto onde o Metro encontrará também os comboios de alta velocidade para Lisboa e para Vigo. Nas Devesas nasce um novo interface ferroviário, com a Linha do Norte da CP.
A nova Linha Rubi (H), cuja construção começa já em 2023 e deve terminar em 2026, corresponde a mais um momento crucial para a expansão do Metro do Porto, acrescentando 6,3 quilómetros à rede e uma série de benefícios sociais, económicos e ambientais quantificados em 1,7 mil milhões de euros.
Em termos de obra, a linha contempla oito novas estações (Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio), dois túneis e uma nova ponte sobre o Rio Douro (entre a zona de Massarelos/Campo Alegre e a Arrábida). A juntar a isto, há igualmente a salientar a existência de um interface, nas Devesas, com a Linha do Norte da CP, bem como um interface, em Santo Ovídio, com os futuros comboios de Alta de Velocidade (linha Lisboa/Porto/Vigo).
Ou seja, Porto e Gaia ficam ainda mais ligados graças a um projecto cujo raio de acção alcança um milhão de pessoas, representando o maior investimento feito na Área Metropolitana do Porto desde a primeira fase de implantação do Metro, há já 20 anos. Ao todo, são mais de 300 milhões de euros de investimento, provenientes de financiamento a fundo perdido do Plano de Recuperação e Resiliência.
Mas os benefícios desta obra não se ficam por aqui. Com a Linha Rubi, a rede de Metro ganhará mais de 12 milhões de clientes anuais – 10 mil dos quais estudantes que, agora, terão acesso mais facilitado ao Pólo Universitário do Campo Alegre e às faculdades de Arquitectura, de Ciências e de Letras. Em termos directos, cada euro de investido resulta em três euros e meio de vantagens económicas para os cidadãos.
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