No novo portal Autocarros de Lisboa, é possível saber tudo e mais alguma coisa sobre o serviço actual e antigo da Carris.
O projecto Autocarros de Lisboa saltou das redes sociais para um website em sede própria. No endereço autocarrosdelisboa.com é agora possível encontrar um portal informativo sobre a Carris, criado e mantido de forma voluntária, e que está a dar os primeiros passos. O objectivo é agregar informações úteis sobre os autocarros (e também os eléctricos) de Lisboa.
“Havia a necessidade de evoluir no que toca à divulgação dos conteúdos”, explica Diogo Lourenço, 21 anos, estudante de marketing e uma das forças voluntárias por detrás do projecto Autocarros de Lisboa (que conhecemos nesta reportagem, na semana passada). A ideia de criar uma plataforma independente das redes sociais Facebook e Instagram, onde a iniciativa tem residido, foi tida em 2021. “O portal tem o objectivo (a curto prazo) agrupar as informações e rubricas mais relevantes sobre os autocarros de Lisboa num só espaço, permitindo ao utilizador visualizar os conteúdos com mais facilidade, a qualquer hora, sem sair prejudicado pelo algoritmo das redes sociais.”
Um dos pilares principais do portal Autocarros de Lisboa são as alterações de serviço. Sempre que a Carris muda um horário, percurso ou paragem Diogo faz questão de o comunicar, fazendo um pequeno artigo no site que depois é traduzido para as redes sociais. Cada comunicação tem uma fotografia do já vasto arquivo dos Autocarros de Lisboa e é, sempre que fizer sentido, acompanhada por mapas ou diagramas que Diogo desenha ele próprio – um exemplo prático é o trabalho feito sobre um desvio temporário na carreira 731.
Outra área que Diogo pretende trabalhar no novo portal são as curiosidades sobre antigas carreiras da Carris, veículos que deixaram de estar em circulação e materiais de comunicação que a empresa utilizou no passado. É “um espaço para quem é entusiasta”, explica.
“A longo prazo, pretendo que o portal tenha ainda mais informações de utilidade pública. Por exemplo, seria de extrema utilidade exibir, todos os dias, o número de autocarros e carreiras disponíveis e aptas para passageiros de mobilidade reduzida”, conta, explicando que, por vezes, há carreiras que estão anunciadas como aptas para receber pessoas de cadeira de rodas mas nem todos os autocarros que fazem essas carreiras têm rampas. Diogo ainda não sabe como poderia prestar esta informação, mas já criou uma página dedicada exclusivamente à questão das acessibilidades, onde lista todas as carreiras da Carris que em teoria estão preparadas para mobilidade reduzida.
O futuro do portal Autocarros de Lisboa depende da disponibilidade e energia de Diogo e de outros voluntários para o alimentar, bem como, claro, de donativos – para já, Diogo pode recebê-los por PayPal. Mas a inserção de publicidade não está descartada. “Todas as sugestões de melhoria são sempre bem-vindas. Para isso, está disponível o e-mail [email protected].”
Sobre um eventual alargamento do âmbito do Autocarros de Lisboa a outros operadores, como a Carris Metropolitana, Diogo não tem planos “por falta de meios”, e diz que prefere “ter o projecto relacionado com a Carris de forma robusta do que expandir e decrescer a qualidade”. “Tal como as redes sociais até aqui, o projecto Autocarros de Lisboa no geral manter-se-á enquanto for útil para a comunidade”, promete.