Porto.
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Miguel Nogueira
Realizam-se hoje as cerimónias fúnebres do fotógrafo João Menéres, conhecido por fotografar "por necessidade e paixão" a "rural urbana, fabril e febril" cidade do Porto.
O fotógrafo faleceu no passado domingo, aos 89 anos, e o funeral está marcado para esta tarde, às 15 horas, na Igreja de Nossa Senhora da Boavista, no Porto. O corpo seguirá para o cemitério de Agramonte.
Engenheiro reformado, João Menéres foi agraciado com a Medalha Grau Ouro da Câmara do Porto, em 2005.
João Menéres era autor de vários livros dedicados à cidade do Porto e dedicava-se também a outros temas, tendo sido o primeiro fotógrafo português a expor individualmente, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, conforme referiu o próprio numa carta publicada no jornal Expresso, em 1983.
Em 2019, na sessão de apresentação do livro “Porto Meu”, João Menéres explicava que como era fotografar o Porto, "cidade antiga, mui nobre, sempre leal e invicta, a cidade do rio Douro, a cidade da frente marítima, a cidade rural e a cidade urbana, fabril e febril, tornou-se tanto uma necessidade, como uma paixão".
João Menéres foi também autor de "Encontro com o Porto", com introdução de Fernando Lanhas, "De um outro Porto", com prefácio de Mário Cláudio, "Revelação da água", com texto de Agustina Bessa-Luís, "Conversas à luz dos olhos", com prefácio de Miguel Veiga, título e textos de Lina Sampaio, "Imagini", com introdução e textos de Jorge Pinheiro, desenhos e pintura de Myra Landau, "Entre o ver e o olhar", título de Lina Sampaio, introdução e textos de Ana Ruas Alves, "A cidade de Eugénio", com texto de Luís Neiva Santos e Vasco Graça-Moura, "O génio da minha geração", com texto de Miguel Veiga, "Dezasseis olhares sobre a Póvoa", bem como de "O Porto de Miguel Veiga".
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